Ontem aconteceu a palestra, que na verdade foi um bate-papo bem intimista, com o co-fundador da MALHA, Herman Bessler, na Pop Up Store do Conjunto Nacional.
Contei mais sobre o projeto e a programação da loja neste post, caso queiram ver, e neste post vou contar pra vocês um pouquinho do que aconteceu por lá.
O Bate-papo
Herman começou falando sobre sua trajetória no mundo do empreendedorismo e falou sobre suas experiências em diversos estados e países do mundo, como Israel, onde ele morou por um tempo.
Além de ser super visionário e empreender no ramo da moda, Bessler confessa que não se considera uma pessoa da moda e que não entende nada disso, mas que se interessa muito pela facilitação de grupos e coisas do tipo.
Ele tem opiniões muito fortes e bem embasadas em relação ao consumo e ao que ele considera moda, que é a expressão do self. Ou seja, o que cada um entende de si mesmo e como irá transparecer isso com roupas e ações no dia-a-dia.
Sobre a MALHA, ficamos sabendo um pouco de como surgiu, como querem que ela seja vista e o que mais valorizam, que é a sustentabilidade em todas as suas quatro dimensões (economia, cultura, sociedade e ambiente). Esse conceito é baseado na fluxonomia 4D que tem material disponível aqui para quem quiser se aprofundar.
Herman afirmou também que a sustentabilidade é o novo luxo, já que quanto maior o preço, maior ficará o valor essencial do produto. É uma ideia muito interessante e que me fez pensar que é bem por aí mesmo. Afinal, as pessoas estão cada dia mais aprendendo o valor do produto “que não faz mal” a ninguém ou ao meio ambiente e valorizando também o que é produzido em pequena escala.
Falando em valorizar marcas pequenas ou locais, foi levantada a questão do esclarecimento das marcas que faz com que elas tomem sim partido de alguma coisa e vivam aquilo colocando na sua essência e em seus produtos. Cada vez mais vemos marcas se envolvendo em temas considerados polêmicos e que precisam ser debatidos. Isso é o caminho natural de uma marca que sabe o que quer.
Fotos: Uira Godoi
Discutimos o futuro da moda e do consumo de um forma bem leve, tocando em alguns pontos como evolução da tecnologia a ponto de termos chips implantados em nossos corpos enviando informações para uma nuvem, meias de bebê que medem temperatura e etc. Na opinião dele já somos todos cyborgs e só temos que aceitar e aprender a lidar com isso. O que você acha? Eu concordo. Ou você vai me dizer que não é dependente dos meios eletrônicos como celular e computador? Eu confesso que sou.
“Quando a gente quer olhar para o futuro é só olhar para os vetores do presente”, afirma Herman Bessler.
Sobre o futuro, Herman citou seriados como Black Mirror que mostra tecnologias que nos parecem absurdas e muito longe da nossa realidade, mas que já existem sim e estão sendo usadas. Ele até escreveu um texto apontando quais são essas tecnologias, que vou procurar e coloco o link aqui pra vocês. Mas aproveito para sugerir que assistam os filmes “O Círculo” e “Esta é a sua morte“.
Para finalizar, vou colocar abaixo alguns textos e vídeos que ele foi comentando indicando pra gente durante a conversa. É legal também que quem curte o tema, entre no grupo da MALHA no facebook, porque tem muita coisa legal.
Sugestões de Herman:
- Grupo Comunidade MALHA no Facebook
- Marcas e ativismo: 5 recomendações para o real engajamento
- Google digitaliza e disponibiliza três mil anos de história da moda
- Reinventar Para Ser Relevante: Como Marcas de Luxo Precisam da Tecnologia para Sobreviver
Gostaram? Teve muuuuuuuita informação legal e tentei passar aqui o máximo pra vocês. Se tiverem oportunidade de visitar a MALHA ou assistir uma palestra do Herman, não percam. É incrível!